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quarta-feira, 8 de julho de 2009

a dança.


- Tesouros de sangue, guardo tesouros de sangue nas aves que partem com os meus olhos.

- Os céus cobrem as primaveras guardadas nos teus olhos. As aves, essas, pousam nos beirais dos corpos que se agitam na tempestade.


- As primaveras são de luz e sangue, é bom ter havido primaveras. E corpos despertos.

- Quantas vezes morre um corpo por não ter sentido a dança de histórias finitas?

- Demasiadas.


*imagem de chooupinette.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

do corpo em espera.


o corpo não espera. não. por nós
ou pelo amor. este pousar de mãos,
tão reticente e que interroga a sós
a tépida secura acetinada,
a que palpita por adivinhada
em solitários movimentos vãos;
este pousar em que não estamos nós,
mas uma sede, uma memória, tudo
o que sabemos de tocar desnudo
o corpo que não espera; este pousar
que não conhece, nada vê, nem nada
ousa temer no seu temor agudo.*

*jorge de sena.
fotografia de joana linda.