Gostava de, nesta altura, ter podido dizer algo adequado. Mas permaneci imóvel e silencioso numa dor súbita. Depois fitei os dois poços perfeitamente encaixados na face branca e perguntei:
- Por que está aqui, no meio de toda esta gente? Crianças sem perspectiva de como a vida vai ser dura, jovens ainda cheios de metas e, mais forte do que isso, crentes de que vão alcançá-las! Pessoas saudáveis, com vidas aparentemente organizadas. Porquê?
Ele enrolou-se como um ouriço. Depois disse, com a voz sumida:
- As pessoas belas na aparência nunca reparam nos desiguais.
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1 comentário:
Minha querida, as tuas palavras vão palpitando e urgindo nesta senda pirada da vida.
um grande beijo*
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